13.1.10

Pirralho Poema


Hoje à noite, procurando meu passaporte antigo na última gaveta do armário, jogando fora recibos inúteis e amaldiçoando a burocracia da Polícia Federal, acabei encontrando uma pasta com as coisas que eu escrevia quando era pequena.

Não tenho a menor idéia de onde coloquei meu passaporte. Mas olha só que fofo o que eu fiz aos sete aninhos, gente!


(sem título)

Congelados sorrisos
Coração de papel
Uma prova da vida
Pedacinho do céu

Instante,
um pouco do tempo
que eu quis paralisar
como se, por um momento,
tempo pudesse parar

Da memória é o raio-X
do meu dia é uma porção
me mostrando o que eu já fiz
mas que não lembrava não

Janelinha que se abre,
trazendo só alegria
afinal, em dia triste,
quem tira
fotografia?